16/12/2006 21:12:05 –
De acordo com o secretário, o orçamento do Fundo de Desenvolvimento da Economia Cafeeira (Funcafé) foi de R$ 4,155 bilhões entre 2003 e 2006, dos quais R$ 16,4 milhões aplicados em publicidade e R$ 33,3 milhões em pesquisa. Os recursos do Funcafé investidos em pesquisa incluem o trabalho desenvolvido pela Embrapa no seqüenciamento de genomas. “O sequenciamento permitirá à Embrapa detectar, por exemplo, as virtudes de uma variedade de café quanto à resistência a seca, pragas e doenças, sabor, aroma e produtividade”, explicou Costa Lima.
Com relação aos preços, o secretário informou que nos últimos quatro anos a política anticíclica do governo federal permitiu um crescimento gradual, contínuo e estável nas cotações do produto. Em 2003, o preço da saca de café era de R$ 173,00 e em 2006 chegou a R$ 246,00. O preço médio foi de R$ 229,00. “Cerca de 80% desta estabilidade se deve ao trabalho sério desenvolvido pela Conab no levantamento da safra de café, que deu credibilidade às informações e reduziu os movimentos especulativos”, enfatizou Linneu Costa Lima.
Custeio
O diretor de Departamento do café, Vilmondes Olegário, disse que foram transferidos nesta sexta-feira para os agentes financeiros R$ 167 milhões liberados para custeio da safra no final de novembro pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O valor é parte de um total de R$ 350 milhões aprovados pelo conselho.
Ao comentar sobre a variação dos financiamentos para o setor, o diretor informou que, além dos R$ 167 milhões para o custeio, foram destinados R$ 337 milhões para a colheita, R$ 778 milhões para estocagem, R$ 239 milhões para financiar aquisição de café pela indústria, num total de R$ 1,522 bilhão repassados para os bancos. Desse montante, R$ 1,350 bilhão poderão ser utilizados para estocar 8 milhões sacas. “Cerca de 50% do volume deverão ser comercializados em 2008”, comentou Olegário.
Japão
Linneu Costa Lima e Vilmondes Olegário informaram ainda que o Conselho de Desenvolvimento da Política do café (CDPC) deverá avaliar se o Brasil deve investir na promoção do café brasileiro no Japão a partir do próximo ano. A proposta foi feita ao secretário e ao diretor durante encontro com representantes da cadeia produtiva japonesa de café esta semana em Tóquio.
Segundo o secretário, a proposta é de que a partir da promoção do café brasileiro, haja um crescimento gradual de 2% ao ano nas vendas do produto para o Japão durante cinco anos. Atualmente, o Brasil exporta 2 milhões de sacas para o país asiático por ano.
“Os empresários querem iniciar a campanha em 2007, com repercussão maior em 2008, para dar ênfase às comemorações do centenário da migração japonesa no Brasil, que ocorreu em função da cafeicultura”, acrescentou Vilmondes Olegário. A idéia é de que a promoção do café brasileiro no Japão seja financiado pela iniciativa privada, tanto brasileira quanto japonesa, complementada, se for necessário, com recursos do Funcafé.
Informações adicionais: www.agricultura.gov.br