Em ano de ciclo baixo, a produção é superior em mais de quatro milhões de sacas na comparação com 2009
PLANTÃO
06/01/2011
A primeira estimativa para a
produção de café arábica e conilon em 2011 indica que o Brasil deverá colher
entre 41,89 milhões e 44,73 milhões de sacas de 60 kg do produto beneficiado. De
acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), responsável pelo
estudo divulgado nesta quinta, dia 6, isso representa uma redução entre 12,9% e
7,9% na comparação com as 48,09 milhões de sacas da temporada anterior. O motivo
é a bienalidade do produto, que intercala um ciclo produtivo alto e outro baixo.
Se forem considerados os anos de baixa bienalidade, a safra atual será maior que
a de 2009, quando a produção atingiu 39,47 milhões de sacas.
A área total cultivada com café no país, estimada em 2,28 milhões de
hectares, é 0,4% ou 8,6 mil hectares inferior à da safra passada, que somou
2,289 milhões de hectares.
A maior redução se dará na produção de café arábica, com queda entre 15,9% e
9,9% (de 5,87 milhões a 3,65 milhões de sacas). Para a produção do robusta
(conilon), a previsão aponta desde recuo de 3% a crescimento de 2,6%, ou seja,
poderá haver redução de 340,3 mil ou aumento de 291,5 mil sacas. O arábica
representa 74,6% da produção do Brasil (de 30,97 milhões a 33,17 milhões de
sacas) e o maior produtor é o estado de Minas Gerais, com 66,6% do total (de
20,98 milhões a 22,45 milhões de sacas). Já o robusta participa com 25,4% (de
10,93 a 11,56 milhões de sacas), com destaque para o Espírito Santo, com 67,8%
(7,40 a 7,86 milhões de sacas) da produção.
O estudo mostrou também que as chuvas registradas a partir da última semana
de setembro nas principais áreas produtoras, sobretudo nas regiões sul e Zona da
Mata de Minas Gerais e na maioria das áreas cafeeiras de São Paulo e Paraná,
possibilitaram a elevação e a recuperação da umidade do solo. Com isso, houve
estímulo para o florescimento. Nas demais regiões, as precipitações foram mais
crescentes e intensas em outubro, favorecendo o desenvolvimento das plantas, a
indução e a florada.
O levantamento foi realizado por técnicos da Conab e de instituições
parceiras, no período de 8 de novembro a 3 de dezembro de 2010. Eles visitaram
as áreas de maior produção dos estados de Minas Gerais, Espírito Santo, São
Paulo, Bahia, Paraná, Rondônia e Rio de Janeiro.