Agricultura discute proibição de venda de chumbinho

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29/10/2007
 
Agricultura discute proibição de venda de chumbinho
 
 
10h53
A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural define nesta terça-feira (30) as emendas que apresentará ao PPA 2008-2011. Em seguida, realiza audiência pública para discutir o Projeto de Lei 7586/06, que proíbe a comercialização do aldicarbe – veneno popularmente conhecido como chumbinho. “Esse pesticida já tem sua produção proibida no Brasil, sendo lícita somente a sua comercialização para fins agrícolas, com retenção da receita agronômica. No entanto, como a fiscalização revela-se ineficiente, o produto termina sendo desviado de sua finalidade, sendo vendido no mercado negro como raticida”, explicou o autor do projeto, deputado Fernando Coruja (PPS-SC). A substância é altamente tóxica e é responsável por vários casos de intoxicação.


O debate foi proposto pelo deputado Claudio Diaz (PSDB-RS), que é o relator do projeto. Ele apresentou parecer favorável à proibição com substitutivo que cancela os registros vigentes de agrotóxicos que tenham aldicarbe em sua composição.


Durante discussão sobre o projeto na Comissão de Agricultura, o deputado Dilceu Sperafico (PP-PR) apresentou voto em separado argumentando que o aldicarbe é o único ingrediente ativo registrado para o controle de algumas pragas que atacam a citricultura. “Caso não mais seja possível utilizar esse agrotóxico, a produtividade da citricultura se reduzirá drasticamente o que prejudicará um setor que compete mundialmente e proporciona um superávit significativo na balança comercial brasileira”, avaliou Sperafico.


Claudio Diaz explicou que, diante das divergências surgidas, a audiência servirá para discutir o assunto de forma mais ampla, “para que possamos esclarecer dúvidas e chegarmos a um denominador comum”.


Debatedores
Foram convidados para discutir a proibição da venda de chumbinho:
– o coordenador-geral de Agrotóxicos e Afins do Ministério da Agricultura, Luis Eduardo Pacifici;
– o engenheiro agrônomo e consultor da Associação de Defesa do Meio Ambiente, Reinaldo Onofre Skalis;
– a diretora do Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento do Centro de Cana-de-Açúcar do Instituto Agronômico do governo do Estado de São Paulo (IAC), Leila Luci Dinardo Miranda;
– o superintendente da Cooperativa Regional de Cafeicultores de Guaxupé, Antônio Augusto Ribeiro Filho;
– o biólogo Sérgio Greif;
– o diretor da Assessoria e Informação em Toxicologia, Flávio Zambroni.


A audiência está marcada para as 14h30, no plenário 6.

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