27/02/2013
Cenário: Gabriela Mello
Os preços do açúcar bruto caíram pelo segundo dia consecutivo ontem na Bolsa de Nova York, depois que dados divulgados pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) reforçaram a perspectiva de um grande excedente mundial. Conforme a organização, a produção no Centro-Sul do Brasil atingiu 34,08 milhões de toneladas até 16 de fevereiro, superando em 8,9% o volume apurado em igual período do ano anterior. Como resultado, o contrato maio recuou 0,22% e fechou a 18,05 centavos de dólar por libra-peso.
Na mesma bolsa, o cacau recuou 0,84% devido ao fluxo constante dos embarques da África Ocidental, região que concentra os principais produtores globais. Temores sobre a economia da Europa, onde o consumo per capita de chocolate é o maior do mundo, também pesaram sobre a amêndoa. Sem ameaças climáticas na Flórida, o suco de laranja cedeu 1,93%, enquanto o algodão avançou 0,13% com o ressurgimento do interesse por compras depois da recente queda das cotações. Já o café arábica subiu 0,28% diante de protestos de produtores colombianos e preocupações sobre o surto de ferrugem nas lavouras da América Central.
Na Bolsa de Chicago, a previsão de fortalecimento da demanda novamente sustentou os futuros do milho, que encerraram com valorização de 1,35%. Os ganhos do cereal contagiaram o trigo (+0,82%), também utilizado como matéria-prima pela indústria de ração animal. A soja, no entanto, foi mais uma vez pressionada (-0,24%) pela expectativa de melhora na produtividade da safra argentina.