Abic prevê maior venda de café torrado e moído para Chile
São Paulo, 20 – O Brasil pretende ganhar espaço no mercado chileno de café torrado e moído de alta qualidade. No ano passado, o País faturou cerca de R$ 550 mil com a exportação do produto para o Chile. A meta para este ano é elevar a receita cambial em US$ 1 milhão, para US$ 1,550 milhão, podendo alcançar US$ 3 milhões em 2010, conforme projeções do diretor-executivo, Nathan Herszkowicz, da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic).
Nathan explicou que o Chile já compra cafés do Brasil, mas praticamente só na forma de solúvel, modo mais consumido pelos chilenos. No ano passado, o Chile foi o oitavo principal mercado para o solúvel brasileiro, com importação de cerca de US$ 18 milhões. Agora, a ideia é estimular a demanda por cafés gourmet em grãos torrados ou moídos, a partir da promoção do produto brasileiro na alta gastronomia do Chile.
O executivo informou que negociações nesse sentido estão adiantadas com a Indústria Café do Brasil (ICB), uma das grandes distribuidoras de alimentos do Chile, com vendas de US$ 120 milhões por ano. O gerente geral da ICB, Francisco Pedrero, está no Brasil. A vinda do empresário faz parte do Projeto Setorial Integrado de Promoção à Exportação de Cafés Industrializados, realizado em convênio pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil) e a Abic.
Hoje de manhã, Pedrero esteve reunido no Sindicato da Indústria de Café de São Paulo com representantes de oito empresas: Café Floresta, Café Bom Dia, Cia. Cacique de Café Solúvel (Café Pelé), Fatec S/A (Café Turmalin), Ipanema Coffees, Baggio Coffees, Bunn Máquinas e Octávio Café. “Ele ficou bem impressionado com o profissionalismo e qualidade dos produtos”, relatou Nathan.
Ele acrescentou que no mercado chileno a IBC conta com marca própria, a Marcopolo. Uma pequena torrefadora da empresa produz torrado e moído, principalmente com grãos do Brasil e da Colômbia. “O produto, no entanto, não é para atender o segmento gourmet”, diz Nathan. Em 2008, a receita cambial com exportação de torrado e moído pelo Brasil foi de cerca de US$ 36 milhões. A expectativa para este ano é que o resultado cresça 20%, para US$ 43,2 milhões. (Tomas Okuda)