O café é um alimento, sendo a bebida mais consumida no mundo. Neste sentido, para sua produção, é preciso ir além da busca por produtividade no campo e a qualidade sensorial – sabor e aroma.
26 fevereiro 2018
Deve haver também a preocupação com a presença de contaminantes nocivos à saúde humana. O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), apoia a continuidade das pesquisas da Embrapa Rondônia em colheita e pós-colheita do café, com foco em análises que demonstrem a relação desta etapa de produção com os níveis de micotoxinas, ou seja, substâncias tóxicas produzidas por fungos, indesejadas para o consumo. “Quando falamos em qualidade do café, pensamos logo no sabor e no aroma, mas há algo muito importante que passa despercebido: a possibilidade de contaminantes nos grãos, como a ocratoxina A, que pode ocorrer, principalmente, nas etapas de secagem e armazenamento”, explica o pesquisador da Embrapa Rondônia, Enrique Alves.
Com esta parceria, será possível custear as análises de 300 amostras coletadas nas principais regiões produtoras do estado. Segundo a secretária da Seagri, Mary Braganhol, além de tornar o café produzido no estado apto a competir pelos mais exigentes mercados do mundo, é preciso ter grãos livres de resíduos e contaminantes, pois se trata de uma questão de saúde pública.
Centranet
A pesquisa
Este estudo da Embrapa teve início na safra 2013/2014. O objetivo foi conhecer como está a qualidade do café canéfora produzida no País. Foram selecionados os principais estados produtores para esse levantamento, que são Espírito Santo e Rondônia.