O Brasil, maior produtor e exportador de café do mundo, apresentou recuperação na safra do grão neste ano, fato que ajudou o país a reabastecer parte

Apesar da perspectiva de recuo na produtividade em função da bienalidade do café, cotações favoráveis devem garantir margens positivas ao cafeicultor brasileiro no próximo ano

21 de dezembro de 2016 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado

O Brasil, maior produtor e exportador de café do mundo, apresentou recuperação na safra do grão neste ano, fato que ajudou o país a reabastecer parte de seus estoques. No entanto, para 2017, as perspectivas do mercado já apontam para mais uma queda na produção do país, com atenção especial para o conilon, variedade brasileira do robusta. Diante dessa situação, o Rabobank, um dos maiores bancos especializados em commodity do mundo, acredita que os produtores devem travar os preços futuros do grão.


“Apesar da perspectiva de recuo na produtividade em função da bienalidade do café, cotações favoráveis devem garantir margens positivas ao cafeicultor brasileiro no próximo ano. Destaca-se parcela dos produtores que já aproveitou as boas oportunidades de trava de preços oferecidas pelo mercado futuro durante 2016”, destacou o banco em relatório. “Os cafeicultores brasileiros que seguem sem fixar os preços para 2017 e 2018 devem estar atentos à elevada volatilidade esperada no mercado internacional de café e de dólar”.


Alguns envolvidos no mercado acreditam que em 2017 pode haver um aperto considerável no abastecimento de café no Brasil diante das expectativas cada vez maiores de safra mais baixa no país por conta da bienalidade negativa para a maioria das regiões produtoras. Segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), em seu último levantamento de setembro, o país deve fechar a safra 2016/17 com produção total de 49,64 milhões de sacas de 60 kg. O arábica com 41,29 milhões e o conilon com 8,35 milhões.


Sem dar estimativas para ao produção do Brasil, o Rabobank ressalta que a preocupação maior do mercado está no conilon, que tem um aperto “gritante” nos estoques nacionais. “Infelizmente, a região produtora do Espírito Santo foi mais uma vez atingida por uma severa seca e, após colher uma das menores safras da história, as plantas seguem bastante debilitadas. Dessa forma, uma recuperação na produção capixaba é considerada pouco provável, mesmo em regiões com maior presença de irrigação”, diz. “A possibilidade de mais um ano de escassez na oferta de conilons já preocupa seriamente parte da indústria nacional”.


Ainda que outros países da América Central e Colômbia tenham aumento na produção, “todos os olhos estão mais uma vez voltados ao comportamento do clima nas regiões produtoras brasileiras nos primeiros meses de 2017”, estima o Rabobank em seu relatório anual de perspectivas do agronegócio.


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Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas

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