Produtores de café do Brasil dizem que ainda não há decisão sobre importação; Blairo é favorável à importação

A liberação da importação é defendida pela indústria de café, que enfrenta uma escassez do produto, especialmente da variedade conilon (robusta), após uma severa quebra da última safra, devido à seca.

14 de dezembro de 2016 | Sem comentários Comércio Mercado Interno
Por: Por Roberto Samora

SÃO PAULO (Reuters) – O Conselho Nacional do Café (CNC), que representa os produtores do Brasil, afirmou nesta quarta-feira que ainda não há uma decisão do governo brasileiro de liberar importações de café verde.


A liberação da importação é defendida pela indústria de café, que enfrenta uma escassez do produto, especialmente da variedade conilon (robusta), após uma severa quebra da última safra, devido à seca.


Mas, segundo o CNC, “ainda não há conclusões sobre as discussões para liberação da importação de café verde”, afirmou nesta quarta-feira a assessoria de imprensa do órgão.


Na semana passada, o jornal Valor Econômico informou que o ministro da agricultura, Blairo Maggi se mostra favorável à importação, mas o assunto ainda não é consenso entre outros membros da pasta, como mostra matéria do Notícias Agrícolas.


Leia mais:


» Café: Governo quer se reunir com indústria e setor produtivo na próxima semana para discutir importação


A afirmação do CNC foi feita após o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, dizer ao jornal Valor Econômico que “já está bem encaminhado para liberarmos as importações de café pontualmente e somente uma quantidade pré-definida”.


Procurado, o ministério não comentou o assunto imediatamente.


Na véspera, o CNC e a Comissão Nacional do Café da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CANA) entregaram ao secretário ofício em que apresentam posicionamento contrário à importação de café em grão cru.


O documento afirma que há café conilon em quantidade suficiente no Brasil para atender a demanda da indústria nacional.


“Nas duas últimas safras, as colheitas de conilon (robusta) foram aquém do potencial, mas apostamos na recuperação do parque produtivo no curto prazo, que será feita às custas de pesados investimentos dos cafeicultores…”, afirmou.


Fonte: Reuters

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