As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam com leve alta nesta segunda-feira (25) e recuperaram parte das perdas da sessão anterior.
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam com leve alta nesta segunda-feira (25) e recuperaram parte das perdas da sessão anterior. No entanto, os preços externos ainda não demonstraram força para voltar ao patamar de US$ 1,30 por libra-peso. Sem novidades fundamentais para repercutir, o mercado teve suporte do câmbio, que impacta diretamente nas exportações da commodity.
Os lotes com vencimento para maio/16 fecharam o dia cotados a 123,10 cents/lb com 35 pontos de alta, o julho/16 anotou 123,55 cents/lb com avanço de 20 pontos. Já o contrato setembro/16 registrou 125,30 cents/lb com 25 pontos de valorização, enquanto o dezembro/16 teve 127,50 cents/lb com 20 pontos positivos.
Após fechar a semana com alta acima de 1% com as atuações do Banco Central, o dólar comercial voltou a recuar nesta segunda-feira com investidores à espera da equipe econômica no caso de um provável governo Temer. Com a moeda estrangeira mais baixa em relação ao real, as exportações de café pelo Brasil tendem a recuar. A moeda estrangeira recuou 0,61%, cotada a R$ 3,5485.
De acordo com o balanço divulgado hoje pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), as exportações brasileiras de café até a quarta semana de abril (15 dias úteis) totalizaram 1,77 milhões de sacas de 60 kg, com receita de R$ 258,5 milhões. Em todo o mês de março, o volume embarcado de café registrou 2,77 milhões de sacas.
De acordo com o analistas de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, a tônica no mercado nesta segunda foi de consolidação. “Após os recentes tombos, as cotações ficaram atrativas e chamaram para si as operações de coberturas, já que as mesmas estavam excessivamente vendidas e sem haver, na minha visão, um respaldo do quadro fundamental”, afirma.
Mercado interno
Segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da ESALQ/USP), as negociações com café nas praças de comercialização do Brasil seguem lentas. O feriado de Tiradentes na quinta-feira (21) também acabou contribuindo para que o mercado ficasse ainda mais parado. “O setor está mais focado no lado produtivo do que no lado especulativo e desta forma, esvaziam de vez as praças de comercialização ao redor do Brasil”, afirma Marcus Magalhães.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje em Espírito Santo do Pinhal (SP) com R$ 540,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças foi registrada em Poços de Caldas (MG) com queda de 2,04% e saca a R$ 528,00.
O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 523,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia ocorreu em Franca (SP) com recuo de 3,92% e saca cotada a R$ 490,00.
O tipo 6 duro teve maior valor de negociação em Araguari (MG) com R$ 500,00 a saca e baixa de 1,96%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Patrocínio (MG) com recuo de 2,08% e saca a R$ 470,00.
Na sexta-feira (22), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 459,57 com queda de 1,79%.
Por: Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas