Valor Econômico
06/02/15
A Copersucar vem reduzindo o consumo de água no terminal açucareiro no porto de Santos (TAC) nos últimos anos. Apostando em melhorias de processos, racionalização do uso e conscientização dos empregados, a empresa diminuiu em 25,6% o consumo de água por tonelada nos oito primeiros meses da safra 2014/15 (de abril a novembro de 2014) sobre a safra 2013/2014. A média atual está em 4,15 litros/ tonelada embarcada.
Devido ao incêndio em outubro de 2013, que destruiu o TAC, houve um acréscimo de 7% na média da safra 2013/14 em relação à safra 2012/13. Contudo, o consumo foi 12,6% menor que em 2011/12.
A Brasil Terminal Portuário tem um sistema de utilização da água da chuva e reúso da água dos chuveiros e lavatórios, que abastece diariamente as descargas das bacias sanitárias dos banheiros.
“Além do sistema de reúso, foram instaladas caixas acopladas nas bacias sanitárias e torneiras com temporizadores e arejadores, de modo a otimizar o recurso e diminuir os desperdícios”, diz Cristhiane Vojevodovas, gerente de infraestrutura. Isso reduziu o consumo em 10%.
O terminal, inaugurado em 2013, estuda a ampliação do sistema de reúso de água da chuva com a coleta nas coberturas da oficina e do armazém. A ideia do terminal é usar a água na limpeza dos equipamentos.
O Ecoporto Santos já utiliza água de recirculação para esse fim. Com a crise hídrica, intensificou as ações para eliminar desperdícios. “Substituímos válvulas, corrigimos eventuais vazamentos e trocamos todas as torneiras por torneiras temporizadas”, afirma Renato Ferreira, gerente de sustentabilidade. A queda no consumo foi de 8%.
Em Cubatão, a Anglo American diminuiu em 16,73% a captação de água dos rios entre 2010 e 2014, para 2.464.000 m3, praticamente atendendo a meta de redução de 17,6% definida pela multinacional para 2020.
A fábrica de fertilizantes fosfatados tem uma estação para o tratamento de efluentes líquidos, o que permite a reutilização da água. Hoje, a recirculação na Anglo American supera 60% da demanda de água da planta.
Grande dependente de água no processo produtivo, a Usiminas utiliza, em média, 15% de água doce em sua unidade. Do montante, reaproveita 97%, via estações de recirculação. (FP)