COTAÇÃO DO CAFÉ – Mercado cafeeiro encerrou as operações desta sexta-feira









Infocafé de 08/03/13


















































































MERCADO INTERNO

BOLSAS N.Y. E B.M.F.
Sul de Minas R$ 318,00 R$ 308,00
Contrato N.Y.

Fechamento

Variação
Mogiano R$ 318,00 R$ 308,00 Maio/2013 144,05 +0,95
Alta Paulista/Paranaense R$ 303,00 R$ 293,00 Julho/2013 146,75 +0,95
Cerrado R$ 323,00 R$ 313,00 Setembro/2013 149,45 +0,95
Bahiano R$ 303,00 R$ 293,00
* Cafés de aspecto bom, com catação de 10% a 20%.
Contrato BMF

Fechamento

Variação
Cons Inter.600def. Duro R$ 270,00 R$ 260,00 Maio/2013 173,20 +1,95
Cons Inter. 8cob. Duro R$ 285,00 R$ 275,00 Setembro/2013 181,95 +1,95
Dólar Comercial: R$ 1,9500 Dezembro/2013 185,70 +1,80


O mercado cafeeiro encerrou as operações desta sexta-feira em campo positivo, impulsionado pelas preocupações com o surto do fungo roya na América Central. Em N.Y. a posição maio variou entre a mínima de -0,95 e máxima de +1,60 pontos, fechando com +0,95. No acumulado da semana foram registrados +0,70 pontos na mesma posição.


O dólar encerra os trabalhos com queda de 0,56% cotado a R$ 1,9500 pressionado pelas preocupações internas com inflação e juros, além de interesses ligados à exposição dos agentes financeiros em câmbio . De acordo com um gerente de banco, há uma preocupação com um descontrole da inflação no País devido ao IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) d e fevereiro, que registrou alta de 0,60%, ante 0,86% em janeiro, ficou perto do teto do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções (de 0,36% a 0,63%). Em 12 meses até fevereiro, a taxa acumulada foi de 6,31%, superando o centro da meta estipulada pelo governo, de 4,5%, e perto do teto da banda, de (6,5%).


Ao término do seminário internacional do café, que ocorreu nesta semana na capital britânica, o diretor executivo da Organização Internacional do Café (OIC), Robério Silva, fez uma avaliação pouco otimista do mercado global da commodity depois de meses de forte recuo dos preços. “A queda de preços já começa a afetar a sustentabilidade do setor, especialmente dos produtores de arábica”, lamentou. Após os debates dos últimos dias, Silva diz que o ambiente negativo reduz o fôlego financeiro dos produtores, o que deve ser visível na próxima safra.”Produtores de arábica já estão sendo afetados e terão menos condições de fazer os novos tratos culturais”, disse em entrevista ao Broadcast. Silva considera não que não há “número mágico” para o preço da commodity. “O que posso afirmar é que já vi situações com preços muito baixos e outras com preços muito altos. E hoje não estamos em um patamar satisfatório”, argumenta. Nos últimos meses, o preço internacional do café amargou queda de cerca de 30%. Diante desse quadro, o representante da OIC afirma que representantes do governo brasileiro indicaram que o País estuda medidas para ajudar os cafeicultores em dificuldade. “O governo está estudando medidas para ajudar o produtor brasileiro. Isso está em curso”. Sobre as perspectivas do mercado, Robério Silva diz que a OIC tem uma visão menos otimista da produção nos próximos anos que parte dos analistas. “Não vemos o crescimento que muitos analistas esperam. O próprio preço mais baixo do café mostra que a produção não crescerá tanto, já que acaba inviabilizando o setor”, diz.


A Organização Internacional do Café (OIC) divulgou nesta sexta-feira à imprensa os prognósticos da entidade para o mercado em 2013. Segundo a instituição, a produção mundial deve alcançar 144,4 milhões de sacas na safra de 2012/2013. A projeção sinaliza expectativa de aumento de 6,2% na comparação com o resultado da safra anterior. O ritmo de produção é bem superior à expectativa de demanda, que deve crescer 2,5% em 2013. Durante esta semana de eventos realizados pela OIC, a entidade mostrou que grandes produtores terão aumento expressivo na produção. Entre os destaques, estão o Brasil (+16,9%, para 50,8 milhões de sacas), Indonésia (+30,5%, para 11,2 milhões de sacas) e Colômbia (+11,1%, para 8,5 milhões de sacas). Em contrapartida, há países com queda relevante dos números de produção. Entre os grandes, estão o Vietnã (-8,6%, para 22 milhões de sacas), Honduras (-14%, para 4,9 milhões), Peru (-14,9%, para 4,7 milhões) e Guatemala (-19,3%, para 3,1 milhões de sacas). A queda da produção prevista para países como Honduras e a Guatemala é explicada pela ocorrência da ferrugem nas lavouras da América Central. D urante o seminário, ficou acertado que a OIC organizará ajuda aos países centro-americanos. A entidade vai colaborar em uma ação conjunta dos governos locais e que terá a participação de alguns países produtores, como o Brasil e Colômbia. Países produtores que já sofreram com a ferrugem, Brasil e Colômbia devem enviar técnicos às regiões afetadas. O resultado desse tipo de ação, porém, não necessariamente deve ser sentido já na próxima safra, já que o resultado do trabalho pode demorar alguns anos para ser observado. Sobre o consumo, que deve crescer 2,5% em 2013, a OIC avalia que a demanda maior será observada mais uma vez em países exportadores e nos mercados emergentes. Nos últimos dez anos, a demanda nos exportadores cresceu a um ritmo anual de 4,3% e nos mercados emergentes, a uma taxa anual de 3,9%. A velocidade é bem maior que a vista nos mercados tradicionais, cuja expansão média tem sido de 1,1% ao ano.





Infocafé é um informativo diário, da Mellão Martini

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