Fenicafé 2011 fecha com mais de R$30 milhões em negócios


Desde o dia 6 de abril, palestras e simpósios lotaram o auditório, da Fenicafé 2011, em especial no segundo dia, quando os palestrantes internacionais sendo dois israelense e dois norte-americanos deram uma aula sobre tendências da irrigação, impactos ambientais e conflitos dos usuários de água para irrigação, entre outros. “Nos três dias, os mais de 60 expositores, dos 92 stands espalhados pela feira movimentaram cerca de R$ 30 milhões, 10% a mais que o ano passado, quando o faturamento foi de R$ 28 milhões em negócios”, afirmou a coordenadora da Fenicafé, Maria Cecília de Araújo. A expectativa da ACA de receber cerca de 20 mil pessoas também foi atingida.


Tendo como princípio de que a agricultura irrigada é umas das atividades econômicas que gera mais empregos no País, a Fenicafé foi feliz no tema que norteou as discussões da feira – “Irrigação na dose certa – o caminho para o desenvolvimento sustentável”. O assunto tem sido levado a sério pelos que tomam a dianteira na luta pelos agricultores, a exemplo da Associação Cafeicultores de Araguari (ACA), mas também pelo governo. Durante as palestras do primeiro dia, os participantes tiveram uma boa notícia. Na ocasião foi anunciado pelo assessor especial do Ministro da Integração Nacional, Ramon Flávio Gomes, que a nova Secretaria Nacional de Irrigação vai entrar em funcionamento até o final de abril. A ideia é dobrar a área irrigada no país. Se tudo ocorrer como o Governo Federal prevê, em quatro anos serão nove milhões de hectares irrigados.


Quem participou das palestras constatou o quanto à irrigação, não apenas do café, mas de todo tipo de cultura é importante. Os temas foram além das técnicas e equipamentos de alta tecnologia. A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) aponta que até 2050, haverá três bilhões a mais de pessoas no mundo. Até lá serão nove bilhões de pessoas para se alimentar do que é produzido. Por causa dessa expectativa também foi discutido muito sobre o aumento da produção e a necessidade de investimentos na agricultura primária, além de eficiência, uso racional da energia e água, e insumos aliados a preservação ambiental.


Investir é a palavra chave para o coordenador do Núcleo de Cafeicultura Irrigada, André Fernandes. Ele conta que nos últimos 10 anos, a produtividade média nacional passou de 12 para 18 sacas beneficiadas por hectare, com lavouras-modelo registrando recordes de 70 sacas. Por quê? “Esse aumento deve-se muito à contribuição da pesquisa, em todas as áreas do conhecimento. É importante convencer os responsáveis pela política cafeeira que, cada real gasto com pesquisa de qualidade, como a que é feita pelo Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café, gera cerca de R$ 25,00 em termos de benefício ao cafeicultor nacional”.


No fim da Fenicafé, o presidente da ACA, Nivaldo Sousa agradeceu toda a equipe que ajudou na organização, e convidou a última palestrante da noite para fechar a feira com uma palestra motivacional intitulada “Comprometimento e Motivação: o caminho para gerar sustentabilidade”. “Conseguimos bater a meta esperada este ano em volume de negócios e participantes. Para 2012, esperamos que o nosso setor receba mais investimentos e que possamos produzir de forma mais sustentável”, finaliza o presidente.

Mais Notícias

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.