Meta da indústria nacional é atingir a primeira posição mundial, ocupada pelos EUA, em 2012
ECONOMIA
31/05/2010
Octavio Azeredo JB Online
Primeiro produtor e segundo consumidor mundial de café, o Brasil tem em seu mercado interno um grande estímulo: a bebida é consumida diariamente por mais de 97% dos cidadãos acima dos 15 anos, segundo pesquisa da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). Em 2009, foram industrializados 18,39 milhões de sacas de café, 4,15% a mais do que no ano anterior (17,65 milhões de sacas).
A previsão do setor para este ano é que o consumo interno cresça 5% e passe para 19,31 milhões de sacas.
O país está atrás apenas dos Estados Unidos, já que os americanos consomem entre 20 e 21 milhões de sacas/ano. Mas, o consumo interno brasileiro é o que mais cresce, com taxas médias de 4% a 5% ao ano. A meta nacional é chegar a 2012 com um consumo interno de 21 milhões de sacas, fazendo assim do Brasil o maior consumidor mundial, informa a Abic.
“Isso é resultado da melhoria da qualidade que vem sendo ofertada ao consumidor e das campanhas de esclarecimento dos benefícios do café para a saúde humana, feitas tanto junto aos consumidores quanto à classe médica e profissionais da saúde”, disse a Abic por meio de sua assessoria.
Nenhum outro país produz e exporta mais café que o Brasil e, como aponta a pesquisa da Abic, desde 2002 o país produz principalmente em grão torrado ou torrado e moído para vender aos Estados Unidos. Porém, novos mercados estão sendo abertos com a promoção comercial, como Japão, Coréia do Sul, Argentina, Chile e países do leste europeu. Os estados de Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Paraná, Bahia e Rondônia são os maiores produtores.
A produção de café tem como característica a bienalidade, ou seja, um ano de grande safra seguido de um ano de safra menor.
Em 2010, de acordo com a segunda estimativa divulgada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em maio, o Brasil irá colher 47,04 milhões de sacas de 60 quilos.
Esse resultado representa um acréscimo de 19,2% (ou de 7,5 milhões de sacas) quando comparado à produção da safra 2009 (39,47 milhões de sacas). Isso porque 2010 é um ano de “bienalidade positiva”.
A pesquisa aponta que o consumo per capita em 2009 foi de 5,81 kg de café em grão cru ou 4,65 kg de café torrado: o brasileiro bebeu quase 78 litros de cafezinho em um ano, uma alta de 3% em relação a 2008. Os brasileiros estão consumindo mais xícaras e diversificando o uso da bebida durante o dia, como expressos, cappuccinos e outras combinações com leite. O consumo per capita brasileiro é próximo ao alemão, de 5,86 kg/habitantes ao ano, e já supera os índices da Itália e da França, que são grandes consumidores de café.
Em relação às principais mudanças no mercado de café, a Abic acredita que os consumidores estão em busca de praticidade e de produtos inovadores.
Vem crescendo muito o mercado de monodoses, que são as doses únicas, seja em sachê ou em cápsulas. Cafeterias também passam a oferecer ambientes que representam a continuidade dos lares dos consumidores. Para a entidade, o café está conquistando um público que também busca momentos prazerosos, como o preparo de expresso em casa ou no trabalho.
Pesquisa mostra que 93% dos entrevistados tomam a bebida. Venda de capuccino e expresso crescem O consumo de café atinge todos os lares brasileiros, aponta a pesquisa da InterScience, divulgada quinta-feira, durante o 13º Encontro Nacional da Indústria de
Pesquisa mostra que 93% dos entrevistados tomam a bebida. Venda de capuccino e expresso crescem O consumo de café atinge todos os lares brasileiros, aponta a pesquisa da InterScience, divulgada quinta-feira, durante o 13º Encontro Nacional da Indústria de Café (Encafé), em Pernambuco. Os resultados da terceira edição da pesquisa sobre Tendências do Consumo de Café no Brasil foram apresentados pela socióloga Ivani Rossi. Dos 1,4 mil entrevistados nas principais capitais, envolvendo todas as classes sociais e faixas etárias, 93% declararam que consomem café. O resultado indica que, de 2003 para 2004, a penetração do café entre os consumidores cresceu 1%.
A pesquisa, realizada desde 2003, pretende identificar a evolução dos hábitos de consumo do café, levantando informações sobre o mercado de consumidores em suas diferentes versões. Identifica também informações sobre tipos de cafés consumidos, locais e ocasiões de consumo, freqüência, quantidade diária, etc.
Uma das novidades é que entre os não-consumidores diminuiu o número de pessoas que rejeitam a bebida em razão de recomendações médicas. Em 2003, 27% dos entrevistados afirmaram ser esta a causa determinante para não consumirem. Em 2004, esta era a razão para 14%. Já em 2005, apenas 8% apontam o mesmo motivo para explicar a rejeição.
O consumo de capuccino e do café expresso também cresce. Esses são os tipos mais apreciados pelas pessoas quando estão fora de casa, em lanchonetes, restaurantes, tanto no café da manhã, como após o almoço. O consumo fora de casa também aumentou em relação ao apurado em 2004.