Abic vai criar selo de qualidade para o café gourmet em 2006

A Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) vai segmentar o selo conferido pelo Programa de Qualidade do Café (PQC). A primeira segmentação será o selo Premium, concedido ao café gourmet, que deve ter início em três meses, segundo o diretor-execu

21 de novembro de 2005 | Sem comentários Consumo Torrefação
Por: Gazeta Mercantil




São Paulo, 21 de Novembro de 2005 – A Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) vai segmentar o selo conferido pelo Programa de Qualidade do Café (PQC). A primeira segmentação será o selo Premium, concedido ao café gourmet, que deve ter início em três meses, segundo o diretor-executivo da Abic, Nathan Herszkowicz.

O anúncio foi feito na última sexta-feira durante o Encontro Nacional da Indústria de Café (13º Encafé), em Cabo de Santo Agostinho (PE). “Cerca de 15% dos cafés com selo PQC têm qualidade compatível com a categoria gourmet”, diz.

Desde o ano passado, quando o processo de certificação teve início, a Abic concedeu o selo PQC a 103 produtos e 25 empresas. O segmento de cafés especiais abrange produtos e marcas certificadas com notas entre 7,3 e 10. A Abic pretende oferecer também um selo específico para cafés produzidos a partir de critérios de sustentabilidade, conforme o Código Comum Para a Comunidade Cafeeira (4C).

Segundo Herszkowicz, a rede varejista Pão de Açúcar vai restringir sua rede de fornecedores de café a empresas cujos produtos tenham selo PQC. Os fornecedores terão 180 dias para buscar a certificação.

Durante o 13º Encafé, o Café Pelé Edição Especial, da Cacique Alimentos, recebeu nota máxima do PQC, e a empresa foi premiada como a torrefadora brasileira com melhores instalações em operação no País.

No evento, o Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC) discutiu a necessidade de uma verba extra de R$ 1 bilhão a ser captada em bancos públicos e privados para a comercialização da safra 2006/07. O orçamento do governo é de R$ 1,6 bilhão para esse fim.

O setor requer ainda outros R$ 160 milhões do governo, dos quais R$ 70 milhões garantiriam a equalização da taxa de juros do sistema bancário de 12% para 8,75% ao ano. “Vamos despertar o interesse dos bancos privados por meio da possibilidade de eles terem parte dos juros garantidos pelo Fundo de Defesa da Política Cafeeira (Funcafé)”.

(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados – Pág. 12)(Chiara Quintão)

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