SAFRAS (11) – Na última terça-feira (8), na sede do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), em São Paulo (SP), foi realizada nova reunião do Grupo de Trabalho sobre os Limites Máximo de Resíduos Japão, que teve o intuito de definir as regras e recomendações para os produtos e de elaborar a cartilha de Boas Práticas Agrícolas com essas sugestões.
A mesa de debates foi composta por representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Conselho Nacional do Café (CNC), Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Minas Gerais e Paraná (Senar-MG e Senar-PR), das empresas Sumitomo e Itochu, além dos membros do Cecafé.
O primeiro ponto abordado foi a elaboração de uma cartilha e o programa de trabalho. Ficou definido que, na segunda quinzena de janeiro de 2010, será dado início ao treinamento dos multiplicadores nas várias regiões cafeeiras, informou Guto Magalhães, superintendente de Desenvolvimento do Cooperado da Cooxupé, que representa o CNC no Grupo de Trabalho.
Segundo ele, devido ao curto espaço de tempo, entendeu-se que, apesar de a cartilha não ficar pronta até o início do treinamento dos multiplicadores, será possível iniciar o programa com um folder contendo explicação sobre a campanha Café Seguro e LMRs, bem como sobre quais os produtos recomendados , e uma apresentação de slides explicativos.
As informações de destaque que constarão no folder serão: O que é LMR? Qual é o objetivo da campanha Café Seguro? Quais as medidas que o Brasil está adotando a fim de prevenir eventuais ocorrências de resíduos em café brasileiro exportado para o Japão? E quais os produtos recomendados para a utilização na lavoura visando o mercado japonês?, elucidou.
Magalhães anotou que, depois do treinamento técnico com os multiplicadores, por intermédio de seminários e palestras, será iniciado o treinamento do produtor/aplicador através de mini-cursos e dias de campo. As primeiras reuniões com multiplicadores já têm calendário definido. A primeira será em Minas Gerais, no Sul e no Cerrado, de 18 a 22 de janeiro; a segunda ocorrerá em São Paulo, nos municípios de Franca e Espírito Santo do Pinhal, e na região norte do Paraná, na semana de 25 a 29 de janeiro; e a terceira rodada de reuniões está prevista pára fevereiro e será realizada nos Estados de Espírito Santo, Bahia e Rondônia, pontuou.
Alteração do critério de recomendação Após discussão das sugestões recebidas pelas empresas, o GT decidiu alterar o critério de recomendação para os produtos com Limites Máximos de Resíduos superior aos LMRs estipulados pelo Japão. Assim, as empresas fabricantes (destes e de outros produtos comerciais com os mesmos princípios ativos) deverão apresentar, até o dia 16 deste mês, qual deve ser o intervalo de segurança que garanta que o valor de seu LMR seja compatível com o LMR estabelecido atualmente no Japão, explicou o superintendente.
De acordo com ele, a recomendação, nesses casos, será por marca comercial e deverá seguir o intervalo de segurança informado. A falta de resposta até a referida data significará o não interesse na classificação e os produtos não serão recomendados para aplicação no café, alertou.
Suspensão de análise de dichlorvos O representante da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Mapa, Antonio Miyasaka, apresentou Nota Técnica a fim de subsidiar uma solicitação de suspensão imediata perante o governo nipônico da obrigatoriedade de acompanhamento de laudo de análise de dichlorvos no café brasileiro exportado para o Japão. A nota já foi protocolada e a Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI) dará encaminhamento.
Próximos passos Com os fabricantes enviando o intervalo de segurança para seus produtos, será elaborado o folder para ter início o processo de treinamento dos multiplicadores, na segunda quinzena de janeiro. Ao mesmo tempo, será elaborada a Cartilha de Boas Praticas Agrícolas, que será distribuída como material de apoio para os Dias de Campo direcionados aos
produtores/aplicadores, realizados pelo Senar-PR e Senar-MG, cooperativas e entidades do setor, concluiu Magalhães. As informações partem do Coffee Break (www.coffeebreak.com.br).
(LR)