Programa Qualidade Paraná premiou ontem dez cafeicultores; proposta é inserir Estado no cenário dos melhores grãos para a bebida
Os melhores
cafés produzidos no Estado
foram premiados, ontem, durante a cerimônia do programa Qualidade Café Paraná,
em Londrina. Os dois melhores produtores de café natural e cereja descascado
participirão do prêmio nacional de qualidade, que será realizado na próxima
semana pela Associação Brasileira da Indústria Cafeeira (Abic), e o café produzido por outros três produtores
das duas categorias foram leiloados para indústrias paranaenses de
torrefação.
Participaram do leilão quatro indústrias – Corol, Cacique,
Damasco e o Sindicato das Empresas Torrefadores do Paraná. O lance mínimo do
leilão era de R$ 380 a saca (valor 50% maior ao da cotação de ontem da Bolsa de
Mercadorias e Futuros-BM&F). Os lances foram feitos em sigilo, depois da
análise da qualidade do café. Cada lote era de dez sacas. O lote
mais caro foi vendido para a Corol por R$ 446,60. A intenção da indústria é
lançar posteriormente uma edição limitada.
A proposta principal do
programa é inserir o Estado no cenário dos melhores cafés do Brasil. ”Queremos mudar a imagem
de que o café do Paraná não tem
qualidade. Não queremos ser o maior produtor, nossa proposta é investir na
qualidade”, afirmou Paulo Franzine, secretário executivo da Câmara Setorial do
Café Paranaense. Segundo ele, o Estado tem um clima diferenciado, que favorece a
homogeneidade dos grãos.
O concurso é realizado pelo segundo ano
consecutivo. Desta vez, participaram cerca de 280 produtores de 42 municípios.
Foram realizados concursos em seis regiões do Estado. Para melhorar a qualidade
do café paranaense, a Secretaria
de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab) e a Emater investem no
desenvolvimento de novos modelos de plantio – como o café adensado – e a colheita seletiva, no
pano. O Paraná produz cerca de 2,5 milhões de sacas. É uma boa produtividade, se
considerada a área plantada, de acordo com Franzine.
Foram premiados no
concurso de qualidade paranaense os produtores Rold Cheida Pereira (Mandaguari),
Benedito Aparecido de Oliveira (Apucarana, café natural), Shigueo Yamamoto (Apucarana)
e Luiz Boraneli (Curiúva, cereja descascado). Ainda foram premiados: Adão
Lenartovicz, de Cambira; Luiz Recco Neto, de Apucarana; Selvino Alves de Souza,
de Arapongas (natural); Pedro Alcântara Ribeiro Neto, de Carlópolis; Luiz
Fernando de Andrade Leite, de Nova Fátima; e Maria Rosa do Valle Boraneli, de
Curiúva (cereja descascado).
Fernanda Mazzini
Reportagem
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