Exportações de café da Guatemala poderão cair 9% na safra 2008/09
Segundo relatório publicado pela Associação Nacional de Café (Anacafé), as exportações de café da Guatemala terão uma queda de 9% na safra 2008/09, em relação à safra passada.
A Guatemala, maior produtor de café da América Central, sentiu com os novos obstáculos econômicos internos. O aumento no custo de produção e logística de comercialização do café são as principais razões para redução de sua produção. Os fertilizantes, combustíveis, herbicidas, transporte, segurança, entre outros sofreram aumento significativo.
Para piorar a situação, ainda há as dificuldades que os produtores enfrentam para obter linhas de créditos, que, devido à crise internacional, estão mais difíceis.
A Guatemala levou muito tempo para se recuperar de uma crise que ocorreu no início da década, quando os preços internacionais caíram, empurrando muitas pessoas e empresas ligadas ao café para fora deste negócio.
A Guatemala está abrindo novos horizontes, começando a exportar cafés especiais para a Austrália, Ásia e Rússia. Esses novos mercados poderiam ajudar a repelir qualquer efeito que uma nova crise econômica americana poderia ter sobre o consumo de cafés especiais nos Estados Unidos.
O café especial da Guatemala é famoso e conhecido nas cafeterias, onde são vendidos cafés de alta qualidade e muito exclusivos.
Em junho deste ano, a Guatemala leiloou o café mais caro do mundo no evento anual Cup of Excellence. O café \”El Injerto\”, oriundo de Huehuetenango, tornou-se o café mais caro do mundo, sendo vendido a um preço recorde de US$ 80,20 por libra.
A estratégia para produzir café de maneira ecologicamente correta, utilizando opções naturais de cultivo, e outras iniciativas de parcerias entre as cooperativas e selos, como o Rain Forest Alliance, mudaram a imagem do café guatemalteco com o mundo.
O país, que agora incentiva o produtor a promover boas condições ambientais e o crescimento sustentável do café, preservando o ambiente, está negociando com um novo mercado consumidor, mais exigente e disposto a pagar por um café de alta qualidade.
O eco-consumidor que se preocupa com o meio-ambiente e com as práticas de produção ecologicamente corretas do café, que visa sua qualidade de vida e consume café orgânico, com selos de garantia, representa um mercado forte e que está em crescimento.
As informações partem de agências internacionais, conforme noticiou o Café e Mercado.