Quando indagados por algum visitante qual a principal economia de nosso município facilmente uma palavra nos vêm à cabeça: café. E esta é a realidade. Implantada no Cerrado, mais especificamente em Patrocínio no inicio dos anos 70, por imigrantes paulistas e paranaenses que fugiam das geadas, a cultura do café se firmou em nosso município como principal geradora de divisas, de empregabilidade, de distribuição de renda, entre outros e principalmente como geradora de notoriedade no cenário nacional e internacional, pois hoje o município de Patrocínio é comprovadamente o maior município produtor de cafés do Brasil em área cultivada, deixando pra trás o tradicional município produtor do Sul de Minas que é Três Pontas.
Mas não é apenas a extensão em área que nos coloca nos holofotes da cafeicultura mundial, o alto nível de tecnificação, mecanização, tecnologias de pós-colheita e principalmente o Sistema Organizacional encabeçado pelo CACCER – Conselho das Associações de Cafeicultores do Cerrado que é a entidade que congrega as Associações e Cooperativas do café Cerrado, sendo a ONG certificadora da origem e qualidade deste genuíno café, também reforçam a grandeza do café do Cerrado. Sistema este formado por seis associações de cafeicultores, oito cooperativas mais uma fundação que é a Fundaccer (Fundação de desenvolvimento do café do Cerrado) que é a mantenedora do Centro de Excelência do café do Cerrado.
Todo este sistema funciona em sinergia para que se alavanque cada vez mais a marca café do Cerrado, para que se obtenha cada vez mais destaque principalmente no mercado internacional para que isso se traduza em bons negócios para os cafeicultores.
Contudo mesmo com toda essa importância para o nosso município a bebida do café em nossa cidade não vinha tendo o merecido valor. Exportavam-se os melhores lotes, restando nas gôndolas dos supermercados o resíduo deste lotes ou cafés que não alcançam notas altas quando classificados, sendo então comercializados a preços menores, servindo de prato cheio para as torrefadoras que não primam pela qualidade.
Tendo isso em vista foi proposto em conjunto pelas entidades: Acarpa, Acip/CDL, Expocaccer e SEBRAE um projeto em que se incentivasse o consumo de café de qualidade em nossa cidade, que trouxesse a tona o orgulho do patrocinense em residir na “capital do café” e que acima de tudo informasse ao consumidor quanto à qualidade do café. Foi assim que nasceu o projeto: café do Cerrado – Consumindo você valoriza o que é nosso.Uma iniciativa pioneira no Brasil que sem dúvida alguma irá enaltecer e nos deixar orgulhosos se sermos os melhores em cafeicultura.
O projeto se divide em quatro fases: • café do Cerrado nas empresas: Bares, hotéis, restaurantes e similares. • café do Cerrado e os escritórios comerciais: escritórios e empresas públicas e privadas. • café do Cerrado nas escolas: Implantar café de qualidade na merenda escolar. • Cafeteria Institucional: Abertura em parceria com a iniciativa privada de uma cafeteria. Nos encontramos no planejamento da terceira fase, que vai focar os estudantes e a informação ao consumidor em geral. Somando as duas fases iniciais já são quase cinqüenta empresas participando do projeto, o que mostra o sucesso na adesão ao programa.