1) Brasil: maior país produtor de café do mundo.
Os três maiores países produtores e a safra de 2007:
Safra 2008/2009 do Brasil: estimada em 45,54 milhões de sacas, de acordo com 2º levantamento da safra feito pela Conab (divulgado em 8/5/08). Do total, a produção de café arábica deverá ser de 34,7 milhões de sacas, e a de café robusta (conillon) de 10,84 milhões de sacas.
No Brasil, o café é produzido em 11 Estados e em 1.850 municípios. São 2,3 milhões de hectares plantados, e a produtividade média é de 21,63 sacas por hectare.
Principais Estados produtores e previsão de safra 2008/2009 (base Conab):
. Minas Gerais – produção estimada em 22,9 milhões de sacas
. Espírito Santo – produção estimada em 10,52 milhões de sacas (maior produtor nacional de café robusta)
São Paulo – produção estimada em 4,72 milhões de sacas
. Bahia – produção estimada em 2,26 milhões de sacas
. Paraná – produção estimada em 2,36 milhões de sacas
Principais regiões produtoras de cafés finos e gourmets:
. MG – Sul de Minas, Matas de Minas, Cerrado, Chapada de Minas
. ES – Montanhas do Espírito Santo
. SP – Mogiana, Alta Paulista e Região de Piraju
. BA – Chapada Diamantina e Oeste
. PR – Norte Pioneiro, Oeste e Noroeste
A cafeicultura brasileira é representada por 300 mil propriedades de tamanhos diversos (2/3 são pequenos cafeicultores), que produzem dentro de normas e critérios de sustentabilidade social, ambiental e econômica.
Os produtores brasileiros, principalmente os que investem em cafés finos e gourmets, têm uma vantagem única no mundo: em virtude do clima favorável durante a colheita, podem escolher o sistema de processamento mais adequado às necessidades de seus clientes (mercado interno e externo). As porcentagens de café natural, cereja descascado e despolpado podem ser determinadas, portanto, com base na demanda e considerando o sistema que mais favorece a qualidade para cada lote específico.
Certames regionais, estaduais e o Concurso Nacional ABIC de Qualidade do Café e o Cup of Excellence, realizado pela Associação Brasileira de Cafés Especiais, têm influenciado e estimulado positivamente a melhoria da produção e divulgado a qualidade dos grãos brasileiros.
2) Brasil: maior exportador de café do mundo.
O Brasil exportou 28,1 milhões de sacas de café em 2007, representando aumento de 2,61% com relação ao ano anterior.
A receita no ano-civil 2007 foi de US$ 3.862,6 bilhões, um aumento de 17,13% em comparação com o ano anterior, que foi de US$ 3.297,8 bilhões
Principais importadores de café do Brasil: Alemanha, Estados Unidos, Itália, Japão e Bélgica.
De 2002 a 2007, o Brasil exportou nada menos do que 161,95 milhões de sacas.
O setor é integrado por 226 firmas exportadoras de café verde e possui estrutura logística que interliga as fazendas aos portos, podendo responder com fluidez a qualquer volume da produção..
O Brasil também é um dos maiores e mais tradicionais exportadores de café solúvel. Em 2007, os negócios gerados pelo setor somaram US$ 450 milhões com a exportação de 3,097 milhões de sacas. São 9 indústrias com equipamentos e tecnologia de ponta que atendem aos mercados interno e externo.
O Brasil também exporta regularmente cafés industrializados (torrado em grão e torrado e moído) desde 2002, por meio do PSI – Programa Setorial Integrado, realizado em convênio pela ABIC e a APEX-Brasil. Iniciou com negócios da ordem de US$ 4 milhões e, gradativamente, deu um grande salto: fechou 2007 com vendas no valor de US$ 26,6 milhões.
3) Brasil: 2º maior mercado consumidor mundial (1º são os EUA)
Em 2007, o mercado brasileiro consumiu 17,1 milhões de sacas, um acréscimo de 4,74% em relação ao ano anterior, que havia sido de 16,3 milhões de sacas.
Os maiores consumidores mundiais são os Estados Unidos, com uma média anual entre 18-20 milhões de sacas.
A previsão para 2008 é o Brasil passar para um consumo de 18,1 milhões de sacas, com vendas de R$ 6,8 bilhões (em 2007, a receita foi de R$ 6,4 bilhões).
A meta brasileira é chegar a 2010 com um consumo interno de 21 milhões de sacas (passando o Brasil a ser o maior consumidor mundial).
O setor é integrado por 1.222 torrefadoras, a grande maioria de pequeno porte, que respondem por mais de 2 mil marcas. O mercado é concentrado: as 100 maiores empresas respondem por 62,72%.
Estima-se que as torrefadoras, principalmente as de maior porte, invistam cerca de R$ 80 milhões por ano em infra-estrutura, maquinário e em instalações fabris, e algo em torno de R$ 50 milhões a R$ 60 milhões por ano em marketing e publicidade. Esses valores deverão ser mantidos nos próximos cinco anos.
O consumo interno de café do Brasil é um dos que mais crescem no mundo. Enquanto o mercado consumidor mundial, conforme dados da Organização Internacional do Café (OIC) cresce em média 1,5% ao ano, o mercado brasileiro evoluiu 24,8% desde 2003, de 13,7 milhões de sacas para os atuais 17,1 milhões.
O consumo per capita em 2007 foi de 5,53 kg de café em grão cru ou 4,42 kg de café torrado, quase 74 litros para cada brasileiro por ano, registrando uma evolução de 3,5% em relação ao período anterior (contra 4,5% na última apuração),
O consumo no Brasil (5,53 kg/hab/ano) está em níveis muito semelhantes ao consumo de países como a Alemanha (5,86 kg/hab/ano), a França (5,07 kg/hab/ano) e a Itália (5,63 kg/hab/ano).
O aumento do consumo per capita no Brasil confirma constatação da pesquisa realizada pelo instituto TNS/Interscience, que os consumidores estão consumindo mais xícaras de café por dia. (www.abic.com.br/estat_pesquisas.html)
Pesquisa realizada pela TNS/InterScience mostra que 91% da população brasileira acima dos 15 anos toma café e que, depois da água, é a bebida de maior preferência nacional.
O café coado/filtrado é consumido por 93% da população. Mas vem crescendo substancialmente o consumo de café expresso, de café instantâneo, cappuccinos, descafeinado e orgânicos.
Principais locais de consumo fora do lar: panificadoras (52 mil no Brasil) e cafeterias, bares, hotéis, lanchonetes e restaurantes.
O segmento de cafeterias está tendo grande evolução e tem potencial de crescimento de 20% ao ano. Estima-se que em 2007 existiam 2.500 estabelecimentos. A previsão é que em 2008 chegue a 3 mil lojas em todo o País. Este segmento é considerado fundamental para a promoção dos cafés de maior qualidade, como os Superiores e Gourmets.
A profissão de barista, que é o especialista no preparo de café ‘espresso’ e de drinques à base de café, cresce na proporção das cafeterias. Estimando-se dois funcionários por cafeteria, tem-se o emprego direto de 5 mil pessoas, entre atendentes e os profissionais já formados como baristas.
O mercado brasileiro representa 14% da demanda mundial, e mais de 50% do consumo interno de todos os 57 países produtores de café, um volume estimado pela Organização Internacional do Café – OIC em 31 milhões de sacas/ano.
4) Razões do Aumento do Consumo no Brasil.
A ABIC – Associação Brasileira da Indústria de Café atribui o crescimento do consumo a um conjunto de fatores que se repete há anos, de forma consistente e duradoura. Entre estes fatores estão:
– Melhoria contínua da qualidade do café oferecido aos consumidores, com base no Selo de Pureza e no PQC – Programa de Qualidade do Café, lançado pela ABIC em final de 2004 e que, atualmente, já certifica mais de 250 marcas em todo o Brasil. Em 2008, o PQC se complementa com o Programa Cafés Sustentáveis do Brasil, que oferece uma garantia de certificação completa desde a lavoura até a xícara, para cafés produzidos de forma sustentável. Além disso, as casas de café ganharam um programa de qualificação, o Circulo do Café de Qualidade – CCQ, com o qual a ABIC deseja estimular o consumo de café fora do lar, sempre com melhor qualidade;
– Consolidação do mercado de cafés tipo Gourmet ou Especiais, e crescimento do consumo fora do lar o que desperta cada vez mais atenção, interesse e curiosidade para o produto junto aos consumidores;
– Melhora muito significativa da percepção do café quanto aos aspectos dos benefícios do café para a saúde, como resultado dos grandes investimentos no Programa Café e Saúde.
– Melhora das condições econômicas no Brasil, com aumento do consumo e do poder de compra da população, expansão da massa salarial, empregabilidade e crescimento do contingente de consumidores que migraram das classes D e E para a classe C.
5 – Investimentos em Publicidade e Promoção.
Os investimentos em promoção e marketing continuam sendo fundamentais para assegurar o consumo de café. Em 2007, as empresas de café ampliaram o seu investimento em marketing e publicidade. As grandes empresas fizeram extensas campanhas em diversas mídias, com investimentos superiores a R$ 50 milhões. A ABIC investiu R$ 630 mil de seu Fundo de Marketing, com ações institucionais complementares.
O Programa Integrado de Marketing – PIM 2007, do MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, coordenado pelo DCAF – Departamento do Café, da SPAE – Secretaria de Produção e Agroenergia, conta com recursos do FUNCAFE. Em 2007, investiu somente R$ 2,2 milhões no mercado interno, em função da redução da verba publicitária oficial, mas aplicou R$ 5 milhões para promoção do café no exterior, com participações importantes em feiras, degustações e eventos no Japão, na Coréia, EUA, Alemanha, Romênia, Chile e outros países, além da produção de inúmeros materiais promocionais e informativos sobre os Cafés do Brasil.
6 – Principais fontes
– MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
www.agricultura.gov.br
– APEX-Brasil – Agência Bras. de Promoção de Exportações e Investimentos:
www.apexbrasil.com.br
– ABIC – Associação Brasileira da Indústria de Café
www.abic.com.br / www.cafeesaude.com.br
– ABICS – Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel
www.abics.com.br
– BSCA – Brazil Specialty Coffee Association
www.bsca.com.br
– CeCafé – Conselho dos Exportadores de Café do Brasil
www.cecafe.com.br
– CNA – Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil
www.cna.org.br
– CNC – Conselho Nacional do Café
www.cncafe.com.br
– CONAB – Companhia Nacional de Abastecimento
– www.conab.gov.br/conabweb
– Embrapa Café – Consórcio Bras. de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
www.embrapa.br/cafe
– OIC – Organização Internacional do Café
www.ico.org
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