Após ter levado muito tempo para se recuperar da crise do café do começo da década, quando os preços internacionais do grão caíram para níveis mínimos históricos e levaram várias empresas à falência, a Guatemala pretende, como estratégia de longo prazo, se afastar do volátil contrato Arábica “C” no mercado de Nova York e optar por contratos fixos para seu grão de alta qualidade, disse o presidente da Associação Nacional de Café da Guatemala (Anacafé), Christian Rasch.
A Guatemala vende 25% de sua colheita à gigante do setor de café Starbucks em contratos de longo prazo, disse Rasch, e está se promovendo em outros mercados, como Austrália, Ásia e Rússia. Ele disse que estes novos mercados poderão ajudar a compensar qualquer efeito que a desaceleração econômica dos EUA possa ter no consumo de café do país.
Neste ano, os produtores de café da Guatemala terão dificuldades em aumentar sua produção devido ao fato de os maiores preços dos fertilizantes e os maiores custos de exportação dificultarem a renovação de fazendas velhas, segundo disse Rasch, em notícia da Reuters.
O presidente da Anacafé tinha projetado que o país poderia aumentar sua colheita em 6% neste ano, mas disse que esses planos serão limitados pelos maiores preços do petróleo. “Tudo está subindo, fertilizantes, combustíveis, herbicidas, custos de transporte, vigilância, seguros”.
A Anacafé estima agora que a Guatemala exportará 3,75 milhões de sacas de 60 quilos na safra de 2007/08, o mesmo volume da safra anterior.