Nesta quinta-feira é comemorado o Dia Nacional do café. No entanto, os cafeicultores do Estado reclamam não ter muito o que comemorar. A queda do dólar deve fazer com que a exportação do produto sofra redução de 20% até o final do ano.
Os produtores estão apreensivos com a possibilidade de sofrerem um grande prejuízo diante da desvalorização do câmbio. O café conilon, que no ano passado chegou a ser vendido a R$ 250, atualmente está sendo comercializado à R$ 180 a saca.
O presidente do Centro do Comércio de café de Vitória, Marcelo Silveira Neto, acredita que a queda nas exportações só não é maior devido ao consumo do produto que vem crescendo em todo mundo.
“Não temos dúvidas de que as exportações devem cair nos próximos meses já que nos últimos seis meses o volume de negócios que ocorreu foi menor que há um ano, devido a perda de competitividade do exportador brasileiro no mercado internacional”, relata Marcelo.
Segundo o diretor da Cooperativa de cafeicultores das Montanhas (Pronova) do Espírito Santo, Ivair Vieira de Mello, a queda da moeda americana ainda não afetou a exportação do café que está em início de safra. Atualmente a saca do produto é comercializada com o dólar cotado a R$ 1,90. No entanto, segundo o cafeicultor, a maior preocupação dos produtores é de uma possível reação da moeda.
“Nossos insumos foram comprados com dólar cotado entre R$ 2,15 e R$ 2,18. Agora estamos vendendo a saca a R$ 1,90. Até o momento não sofremos nenhuma baixa. No entanto a minha preocupação e de outros cafeicultores é daqui a alguns meses quando voltarmos a comprar matéria prima de fora. Se o dólar continuar assim, tudo bem, mas se ele, de uma hora para outra, reagir, aí vamos tomar um grande prejuízo”, conta o cafeicultor.
A cooperativa das Montanhas compreende os municípios de Venda Nova do Imigrante, Brejetuba, Afonso Cláudio, Ibatiba, Muniz Freire, Conceição do Castelo, Vargem Alta e Domingos Martins. O diretor da Pronova afirmou que a expectativa dos produtores é de que 12 mil sacas sejam exportadas esse ano. Os principais países que recebem o café capixaba são: Itália, Japão, Estados Unidos, França e Suíça.
Marcelo Neto afirmou que os cafeicultores brasileiros ainda podem não sofrer tanto com a queda da exportação pois o país além de ser o maior produtor do mundo é o segundo maior consumidor. Com isso o mercado interno acaba suprindo esse prejuízo. Ao todo o mercado brasileiro consome por ano 17 milhões de sacas de café.
Letícia Cardoso
Nesta quinta-feira é comemorado o Dia Nacional do Café. No entanto, os cafeicultores do Estado reclamam não ter muito o que comemorar. A queda do dólar deve fazer com que a exportação do produto sofra redução de 20% até o final do ano.
Os produtores estão apreensivos com a possibilidade de sofrerem um grande prejuízo diante da desvalorização do câmbio. O café conilon, que no ano passado chegou a ser vendido a R$ 250, atualmente está sendo comercializado à R$ 180 a saca.
O presidente do Centro do Comércio de Café de Vitória, Marcelo Silveira Neto, acredita que a queda nas exportações só não é maior devido ao consumo do produto que vem crescendo em todo mundo.
“Não temos dúvidas de que as exportações devem cair nos próximos meses já que nos últimos seis meses o volume de negócios que ocorreu foi menor que há um ano, devido a perda de competitividade do exportador brasileiro no mercado internacional”, relata Marcelo.
Segundo o diretor da Cooperativa de cafeicultores das Montanhas (Pronova) do Espírito Santo, Ivair Vieira de Mello, a queda da moeda americana ainda não afetou a exportação do café que está em início de safra. Atualmente a saca do produto é comercializada com o dólar cotado a R$ 1,90. No entanto, segundo o cafeicultor, a maior preocupação dos produtores é de uma possível reação da moeda.
“Nossos insumos foram comprados com dólar cotado entre R$ 2,15 e R$ 2,18. Agora estamos vendendo a saca a R$ 1,90. Até o momento não sofremos nenhuma baixa. No entanto a minha preocupação e de outros cafeicultores é daqui a alguns meses quando voltarmos a comprar matéria prima de fora. Se o dólar continuar assim, tudo bem, mas se ele, de uma hora para outra, reagir, aí vamos tomar um grande prejuízo”, conta o cafeicultor.
A cooperativa das Montanhas compreende os municípios de Venda Nova do Imigrante, Brejetuba, Afonso Cláudio, Ibatiba, Muniz Freire, Conceição do Castelo, Vargem Alta e Domingos Martins. O diretor da Pronova afirmou que a expectativa dos produtores é de que 12 mil sacas sejam exportadas esse ano. Os principais países que recebem o café capixaba são: Itália, Japão, Estados Unidos, França e Suíça.
Marcelo Neto afirmou que os cafeicultores brasileiros ainda podem não sofrer tanto com a queda da exportação pois o país além de ser o maior produtor do mundo é o segundo maior consumidor. Com isso o mercado interno acaba suprindo esse prejuízo. Ao todo o mercado brasileiro consome por ano 17 milhões de sacas de café.