Países americanos se resignam por clima desfavorável ao café

Países americanos se resignam por clima desfavorável ao café


As condições climáticas adversas para a produção agrícola prejudicaram consideravelmente o café ao longo de 2009 e deverão se manter até, pelo menos, a metade deste ano, segundo especialistas.


Números do México e da América Central, como Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras e Nicarágua, mostraram um índice médio de crescimento de 4,5% na produção, sendo que apenas uma nação deverá ter um aumento mais considerável, a Costa Rica, com um índice próximo de 33%. O México, por sua vez, reportou uma retração de 3,2%.


Em outros países como República Dominicana, Haiti e Panamá a queda média da produção atingiu 10,9%. Para os países sul-americanos — Brasil, Colômbia, Equador, e Peru — a queda da produção, sendo dados da Organização Internacional do Café, foi de 9,4%.


Na Colômbia, os dados também mostram quedas consideráveis, sendo que a produção de 2009 chegou ao baixo patamar de 7,8 milhões de sacas, ao passo que os envios ao exterior somaram 7,9 milhões de sacas.


Essa foi a menor produção da história da Colômbia desde o ano de 1976 e as menores remessas para os destinos internacionais desde o ano de 1978.


Ao longo do ano de 2008, o país atingiu uma produção da ordem de 11,5 milhões de sacas, ao passo que as exportações foram de 11,085 milhões de sacas. Os outros países sul-americanos que contam com alguma produção de café tiveram retração de 5,3%.


Segundo especialistas do Cenicafé (Centro Nacional de Pesquisas de Café da Colômbia), as mudanças climáticas efetivamente estão afetando a produção de café.


O principal fenômeno climático que afeta o clima nas Américas é o El Niño, causado por um aquecimento das águas dos oceanos Pacífico e Atlântico. Para 2010, novos anúncios de perdas já são verificados, como uma quebra de cerca de 10% n México, como conseqüência de um inverno mais frio que o esperado, que poderá fazer com que cerca de 400 mil sacas do grão se percam, em uma área produtora de 35 mil hectares.


Avaliações apontam que o fenômeno climático El Niño se manterá mais intenso durante o primeiro trimestre do ano, podendo se estender até abril, quando começará a se debilitar e ser encerrado, provavelmente no começo do segundo semestre, segundo avaliações da Nooa (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos).
Fonte: Agnocafe

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