Nespresso não para de crescer -Nestlé inaugurou em Avenches, vilarejo a oeste da Suíça, uma fábrica de produção de Nespresso.

27 de junho de 2009 | Sem comentários Consumo Torrefação
Por: Olivier Pauchard, swissinfo.ch



07.05.2009 – Exportações de máquinas de café vão de vento em popa
Nestlé inaugurou na quarta-feira (11 de junho) em Avenches, vilarejo a oeste da
Suíça, uma fábrica de produção de Nespresso. Nada menos do que 4,8 bilhões de
cápsulas de café serão produzidas no local anualmente para atender à demanda
crescente dos consumidores.


A atual fábrica localizada em Orbe, também no cantão de Vaud, à oeste da
Suíça, não estava conseguindo atender à demanda dos clientes. De fato, as
cápsulas de café conhecem um sucesso qualificado por muitos de “fulgurante”.


Sem crise

Segundo os números da Nestlé – proprietária
da marca Nespresso – cerca de oito mil de seus cafés são consumidos a cada
minuto no mundo. Até o final do ano, chegará a nove mil.


Nos últimos anos a Nespresso tem um crescimento de dois dígitos (+ 50% em
2006) que, apesar do marasmo econômico, ainda se mantém.


“A Nespresso está em boa saúde. Estamos gerindo a crise”, declarou à imprensa
Richard Girardot. O chefe da Nespresso reconheceu, porém, que a marca registrou
uma diminuição do ritmo de crescimento no final de 2008 nos Estados Unidos.


Em todo caso, essa queda nas vendas teve pouca influência, sobretudo pelo
fato do continente americano ser ainda um mercado marginal para a marca:
representa somente 5% das vendas da Nespresso. “Prevemos ter novamente um
crescimento de dois dígitos em 2009”, declarou Girardot, confiante.


Suíça no centro

Para atender à demanda, vários locais
foram analisados. Finalmente a direção da Nestlé decidiu continuar a desenvolver
a produção na Suíça.


O país tem duas vantagens. Em primeiro lugar, ele se encontra no coração do
principal mercado da Nespresso: 90% das vendas da marca são realizadas na
Europa, principalmente na Suíça e na França. “Se vejo a situação de um ponto de
vista logístico, a Suíça está no centro da população de consumidores”, explica
Nicolas Gueissaz, chefe de distribuição na Nespresso.


Além disso, era necessário fazer uma transferência rápida das competências da
fábrica de Orbe para atender rapidamente à demanda dos clientes. Próxima
geograficamente e também situada em uma região francófona, a área de Avenches
convinha perfeitamente, como explica Nicolas Gueissaz.


Certa idéia do luxo

O sucesso da Nespresso
surpreende, pois os cafés da marca têm várias desvantagens: eles só podem ser
tirados com uma máquina Nespresso (cliente cativo), só podem ser comprados
diretamente nas butiques Nespresso ou na internet, as cápsulas devem ser
devolvidas para reciclagemn e, enfim, um café Nespresso custa dez vezes mais
caro que um tradicional café em grão.


Para Nicolas Gueissaz, os inconvenientes são compensados pela qualidade.
“Compramos o melhor café e utilizamos também as melhores tecnologias”, declara.
“É principalmente a qualidade do café dentro da taça o melhor argumento de
venda.”


“Com relação ao preço, comparamos o do nosso café com aquele que é servido em
um bar”, continua. “Nesse caso, há uma boa relação entre a qualidade e o preço.
Ora, essa era a ideia do Nespresso: levar o café dos bares à casa.”


O sucesso do Nespresso provém igualmente do fato do café ser apresentado hoje
em dia como um produto de luxo. Por exemplo, na Nespresso se fala de “crus”,
como para os grandes vinhos franceses.


E para Pascal Hottinger, diretor da Nespresso Suíça, não se trata apenas de
um discurso de publicidade. “Conhecendo o trabalho dos meus colegas que compram
o café ou dos colaboradores que fazem testes de qualidade, descobri que o café
não é um produto banal.”


Finalmente, Nespresso continua sendo “um pequeno luxo que as pessoas podem se
permitir em tempos de crise”, conclui Petraea Heynike, diretora de vendas de
produtos estratégicos da Nestlé.

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