SOS CAFEICULTURA – Presidente da Cooperativa CAFÉPOÇOS Luis Alfredo faz balanço da Audiência na Câmara dos Deputados em Brasília-DF no último dia 23

26 de junho de 2009 | Sem comentários Mais Café Opinião

Poços de Caldas, 26 de junho de 2.009.


Aos companheiros produtores de café


Na qualidade de Presidente de Cooperativa de Cafeicultores e como pessoa empenhada em todos os movimentos referentes a soluções para o endividamento e para melhoria dos preços para o setor, cumpri-me manifestar opinião e relatar o ocorrido no Movimento SOS Cafeicultura na Câmara dos Deputados em Brasília-DF no último dia 23.


A audiência fora aberta exatamente às 14:00 horas pelo Deputado Carlos Melles, que após proferir suas considerações e indignações passou a palavra aos componentes da mesa, composta entre outros, por representantes do Ministério da Fazenda, Ministério da Agricultura, Banco do Brasil, FEBRABAN, BANCOOB e CNC.


As 15:25 horas encerraram-se as considerações por parte dos membros componentes da mesa e o Presidente da mesa, Deputado Carlos Melles, passou a palavra para os Deputados presentes, que somavam aproximadamente 40 parlamentares, todos manifestaram sua lealdade para com o movimento, porém de prático e exeqüível pouca coisa ouvimos ou quase nada.


As 17:55 horas encerraram-se as considerações dos parlamentares, quando então já não estavam mais presentes a grande maioria dos produtores e dos parlamentares, foi quando o Deputado Carlos Melles passou a palavra aos produtores que ainda se encontravam na sala. Uma vez que estava previsto encerramento da audiência para às 18:00 horas, restaram 5 minutos para se ouvir a voz do produtor.


Confesso aos meus companheiros, que a condução desta audiência pelo Deputado Carlos Melles, demonstra claramente que a prioridade é a politicagem, deveríamos ter sido ouvidos antes dos deputados, para que pudéssemos expor nossos pleitos, projetos e sugerir soluções, que depois de ouvidas seriam discutidas e trabalhadas pelos parlamentares, podendo assim chegar ao governo uma solução viável e exeqüível.


Porém nem tudo foi perdido, ouvi dos componentes da mesa basicamente três sugestões positivas:


1) Representante do Banco do Brasil: A possibilidade de repactuar as dívidas de FUNCAFÉ baseado em um parâmetro de renda, que seria o preço do café, e não se obtendo o valor pré-estabelecido poderíamos transferir a parcela para o final do contrato, sugestão está que vem de encontro com uma das minhas cartas publicadas anteriormente na mídia.

2) Representante do Ministério da Fazenda: manifestou intenção de liberar recursos e colaborar na repactuação das dívidas, desde que se apresente uma minuta condizente com a legislação de crédito rural e do Banco Central.

3) Representante do Ministério da Fazenda: manifestou também disposição em se manter os contratos de opção, apesar de transparecer que existem alternativas mais abrangentes que poderão dar cobertura maior aos produtores, como exemplo citou o financiamento de estocagem que agora estará liberando recursos no preço mínimo de R$261,00 disponibilizando ao produtor quase o mesmo valor do mercado físico.


Para finalizar manifesto aqui minha preocupação, pois podemos perder este gancho negocial, uma vez que nosso Deputado Carlos Melles bem como o representante do Conselho Nacional do Café – Dr. Gilson Ximenes, após a audiência “jogaram literalmente a toalha”, manifestando que nada mais havia a ser feito, demonstrando ambos uma grande indignação com o governo e seus representantes.

Em entrevista posterior o Deputado Carlos Melles sugere que agora só nos resta orar, isto é próprio de pessoas vencidas e com nenhuma coragem para lutar, fico perplexo em me convencer de que os nossos Deputados bem como Presidente do CNC não tiveram a perspicácia de entender a mensagem dos representantes do governo e FEBRABAN.


Luis Alfredo de Almeidacafepocos@cafepocos.com.br
Diretor Presidente da CaféPoços

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