Presidente da Acarpa discorda de manifestação em Brasília

Crédito(s): André Luiz Costa com Rafael Pires / Foto: Luiz A. Costa
24/06/2009

Cafeicultores realizaram uma marcha rumo a Brasília nesta terça-feira em um movimento que deu seqüência à manifestação realizada no sul de Minas, há alguns dias.

Diversos sindicatos e associações de cafeicultores, de varias regiões cafeeiras do Brasil, querem uma solução para a atual crise vivenciada pela cafeicultura brasileira.

Porém, a ACARPA e o CACCER decidiram que a região do cerrado não deveria participar desta marcha porque as reivindicações não seriam as mesmas do movimento do sul de Minas, segundo o presidente da ACARPA, Marcelo Queiroz.

“Eles focaram muito a questão da prorrogação das dívidas antigas. Esse parcelamento que seria por quase 20 anos, conversamos com vários produtores sobre isso, e no momento eles têm outras reivindicações. Basicamente, se estivéssemos indo até Brasília hoje (ontem), nosso objetivo não seria alcançado”, explica.

Silas – Marcelo Queiroz diz ainda que esteve conversando com o deputado federal Silas Brasileiro (PMDB), que deu informações sobre o leilão do mercado de opções. “Houve algumas mudanças que vão melhorar a entrega para o produtor”, diz Queiroz.

O presidente da ACARPA acredita que o leilão será marcado essa semana e na próxima semana os critérios estarão prontos. “Por exemplo, o café a ser entregue estava sendo exigido um padrão BM&F que seria um padrão mais difícil para o produtor estar entregando. Então essa mudança já houve: seria um café peneira 13, com vazamento de 10%, ou seja, praticamente um café bica corrida. A quantidade de café a ser entregue para o governo seria 400 sacas por CPF, o produtor poderia parcelar, porque são quatro leilões, então o produtor pode optar por vender de 100 em 100 sacas. Se ele quiser vender as 400 de uma vez, tudo bem, mas aí esgota o limite dele”, detalha Marcelo Queiroz.