REPLAY – Garcafé pretende recuperar recursos

Por: Diário de Marilia

A Garcafé (Cooperativa dos Cafeicultores de Garça) prepara ação na justiça para tentar reaver prejuízo de R$ 62 milhões originados por má administração conforme apontou perícia contábil contratada pela entidade. As causas do rombo foram apresentadas na semana passada durante assembléia dos cooperados.


“A Garcafé irá abrir procedimento civil e se houver entendimento de nossa assessoria jurídica também entraremos com ação na esfera criminal”, declarou o presidente da comissão liquidante da cooperativa José Wilson Lopes.


Segundo Lopes, o primeiro passo para tentar punir os responsáveis pela dilapidação do patrimônio da Garcafé é reverter a situação dos 865 cooperados, hoje considerados réus, para vítimas de uma administração irresponsável.


Perícia contábil feita na Garcafé revelou graves erros de comercialização, além de balanços financeiros maquiados nos últimos 15 anos. Dívida da cooperativa que, nos tempos áureos chegou a faturar US$ 100 milhões (cem milhões de dólares) por ano, chega a R$ 62 milhões.


Segundo o presidente da comissão liquidante, a perícia demonstrou que a entidade foi administrada de forma irresponsável com prejuízos continuados. “A situação financeira não era mostrada de forma real. Balanços foram maquiados e chegou uma hora que ficou demonstrado que a administração era despreparada”, disse Lopes.


Desde junho de 2005, quando o então presidente Manoel Bertone foi afastado e quando a dívida girava em torno de R$ 47 milhões, a Garcafé se encontra em processo de liquidação. Na época, o ex-presidente propôs ratear dívida de R$ 20 milhões entre os 865 cooperados.


Proposta foi rejeitada, Bertone afastado e a Garcafé entrou em liquidação. Bertone ocupou cargos de destaque na cooperativa ao longo de mais de 15 anos. Começou como assessor especial, passou para diretor e em 1995 foi eleito presidente, permanecendo no cargo até 2004.


Após assumir a comissão liquidante, além de cortar gastos e demitir 296 dos 300 funcionários de Garça e da filial em Patrocínio (MG), José Wilson Lopes solicitou auditoria nas contas da entidade. Em junho deste ano o processo de liquidação da cooperativa completa três anos.  

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