Diversificação agrícola alavanca Oeste baiano

Por: Gazeta Mercantil

NACIONAL / 10/03/2008 
  
 
 
José Pacheco Maia Filho
Longe da capital, mas crescendo. A cidade de Luís Eduardo Magalhães é emblemática no desenvolvimento atual do interior baiano. Localizada a 996 quilômetros de Salvador, no Oeste baiano, conta com 45 mil habitantes e detém o 10 PIB municipal da Bahia, cerca de R$ 800 milhões, segundo o IBGE. O agronegócio move o crescimento da região que mantém 1,6 milhão de hectares plantados de soja, algodão, milho, café e, em início, cana-de-açúcar.


Agregado à produção agrícola, um pólo de agroindústrias, comércio e serviços se estabelece na cidade fortalecendo a economia local. O rendimento médio das famílias é o dobro da média estadual, alcançando R$ 1,2 mil, segundo a secretaria municipal de agricultura e desenvolvimento econômico. “Não faltam empregos no município, o que está faltando é qualificação profissional para atividades mais complexas que surgem com o desenvolvimento da cidade”, afirma o secretário de agricultura e desenvolvimento econômico, Eduardo Yamashita.


Para atender essa demanda, faculdades já se instalam em Luís Eduardo Magalhães. “O setor de ensino privado já percebeu a demanda, mas falta maior participação do setor público”, diz Yamashita. A falta de saneamento básico na cidade está sendo resolvida com o programa de revitalização da Bacia do São Francisco.


Para o economista César Vaz, as perspectivas para o Oeste baiano são amplas com o crescimento da agricultura irrigada e a diversificação das culturas, com destaque para a soja, o milho, o algodão e o café.


O secretário Eduardo Yamashita criação do Centro Industrial do Cerrado. A iniciativa atraiu a instalação de novas fábricas no município. “O Grupo Coringa, que produz derivados de milho para alimentação humana, está investindo R$ 60 milhões numa unidade industrial para processar 500 toneladas por dia de milho. Quando entrar em operação no ano que vem, a fábrica vai gerar 200 empregos”, informa Yamashita.


Em 2009 também entra em funcionamento a fábrica de biodiesel Bioclean. O investimento de R$ 250 milhões vai criar 400 empregos diretos a partir do ano que vem, quando iniciar as atividades. “Além disso, a Mauricéia Alimentos, a partir do mês que vem, ao inaugurar o frigorífico de seu complexo, que conta com fábrica de ração, granjas matrizeiras, incubatório e produção de frangos, passa a abrir 1,4 mil empregos”, acrescenta o secretário.


Neste ano de boa safra e preço bom das commodities agrícolas produzidas na região, Yamashita diz que, na cidade, há investimentos na construção de galpões, alojamentos, escritórios para fazendas e aquisição de máquinas e implementos, dinamizando os setores de comércio e serviços.


Segunda cidade em população do estado, com 571 mil habitantes e terceiro PIB municipal, com R$ 1,48 bilhão, Feira de Santana tem uma localização estratégica, a 108 quilômetros de Salvador, sendo o entrocamento de importantes rodovias federais. A economia de Feira de Santana tem se beneficiado dos empreendimentos industriais implantados na região metropolitana de Salvador, principalmente a fábrica da Ford, cujo fornecedor de pneus, a Pirelli, tem fábrica no município.
 

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