Cafeteria: Pausa para um cafezinho

18 de fevereiro de 2008 | Sem comentários Cafeteria Consumo
Por: 18/02/2008 05:02:55 - Diário de Pernambuco

Tomar um bom café hoje pode se equiparar ao hábito de degustar um vinho de qualidade. Grãos da linha gourmet 100% arábica, savory (utilizado para o expresso), café orgânico, sem agrotóxico e export blend 53 (mistura de grãos selecionados) são algumas das variedades especiais disponíveis atualmente no Brasil. Tanto interesse em degustá-las vem impulsionando a abertura de cafeterias. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria do café, 18% da população frenqüenta coffe shop. O consumo de café fora de casa cresceu 36%, no ano passado.



Diego Barreto já planeja abrir segundo quiosque de café, após sucesso do primeiro. Apesar do clima quente, Recife também vivencia uma explosão de lojas do segmento. A rede portuguesa Delta Expresso, escolheu a cidade para testar um modelo de franquia que pretende lançar no mercado e abriu um loja no Recife Antigo. O café Porteño, no Espinheiro, é um dos pontos mais movimentados da cidade. Pode-se citar ainda os projetos Segafredo Zettini, no Shopping Plaza, café com Alma, na Ilha do Leite, e Romar café, no aeroporto. Oinvestimento inicial na abertura de uma cafeteria varia entre R$ 70 mil, no formato quiosque, e R$ 350 mil, custo de uma loja tipo franquia. O retorno do investimento pode chegar em menos de um ano.


O bom momento do mercado fez o jovem Diego Barreto, 22 anos, abrir uma cafeteria dentro da Universidade Católica (Unicap), há um ano e meio. “Convenci o reitor de que a universidade precisava de um espaço assim. Na época, nem tinha terminado o meu curso de administração”, lembra. O café com quê? deu tão certo que no ano passado Diego inaugurou um segundo quiosque. “Não entendia nada desse segmento, mas hoje eu desenvolvo até receitas próprias”, conta. Uma dessas criações que fazem sucesso é o Condensatino, café batido com leite condensado e raspas de chocolate. “O café e os lanches têm o preço bem acessível, já que o meu público-alvo é o estudante”, conta. Está com calor? Não há razão para não tomar café lá. “Temos diversas opções de drinks de café com sorvete”.


O Castigliani café, que funciona no Cinema da Fundação, é um exemplo de hobbie que virou negócio. Aberto há 11 meses pelo cineasta recifense Leonardo Lacca e pela arquiteta Nara Oliveira é ponto de encontro de amantes do café e do cinema. “A gente é viciado em café. Diversas vezes, em viagem de férias, fizemos curso sobre elaboração de café. Quando surgiu o espaço, decidimos montar o negócio”, conta Lacca. O nome, inclusive, é inspirado no filme Cidades dos Sonhos, de David Lynch. “Na película, os irmãos Castigliani eram muito exigentes com o café. Para mim, cada cliente é como eles. Buscamos a perfeição na hora de preparar o café. Em nove meses já tivemos o retorno de tudo que investimos”, diz ele. No local, a bebida pode custar até R$ 10.


Para a consultora do Sebrae, Conceição Moraes, a formação de preço deve levar em conta o público-alvo, o produto e o valor cobrado pela concorrência. Antes de abrir o negócio, o ponto comercial deve ser a primeira coisa analisada. “É preciso que tenha muita movimentação”. A escolha do formato quiosque ou loja vai dependerdos recursos disponíveis. “Mas cada uma tem um serviço diferente. O cliente do quiosque quer um atendimento ágil. Já na loja, ele espera um clima agradável”, explica. Vale ficar atento aos lanches que serão preparados no local. “Às vezes, ganha-se mais com o lanche do que com a própria venda do café”.
 

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