RECEITA – Aprenda como fazer um irresistível cafezinho

25 de maio de 2009 | Sem comentários Consumo Receitas

A barista Magda Dias Leite criou um minicoador


 
 Rosana Ferreira



O hábito do brasileiro de tomar um cafezinho não é à toa. O Brasil é o maior País produtor do mundo e o segundo maior mercado consumidor, só perdendo para os Estados Unidos. Por isso, sentir o aroma que exala de uma xícara de café já faz parte do cotidiano da maioria. Afinal, em 2008, o consumo per capita no Brasil foi de quase 76 litros de café, um aumento de 2% em relação ao ano anterior. Para comemorar o Dia Nacional do Café neste domingo, baristas conceituados de São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre e Brasília contam como fazem o velho cafezinho em casa saindo do tradicional coador, o tipo consumido por 93% da população brasileira.

Antes de tudo, é necessário saber o que é um barista. Trata-se do especialista no preparo de café expresso e drinques à base da bebida. Além de saber tirar o expresso da máquina, esse profissional tem conhecimentos de tipos de café, torrefação, e moagem, entre outros.


Agora, sim. Eles mostram suas habilidades na arte do café e revelam maneiras diferentes de preparar a bebida em casa. E, quando essa pergunta foi feita aos especialistas, a resposta foi unânime. Todos recomendaram o uso da cafeteira italiana conhecida como Moka. “A extração do café nessa cafeteira tem o mesmo princípio do expresso e ressalta as suas características”, explica a barista Ana Cláudia Bestetti, proprietária do Café do Porto, de Porto Alegre. “Quando as pessoas me perguntam que tipo de máquina de expresso comprar para usar em casa, digo que, se o consumo é pequeno, o investimento pode não valer a pena. É melhor adquirir a Moka, com a qual se consegue uma ‘crema’, creme que fica por cima do café, como a do expresso tirado na máquina”, diz a barista Gelma Franco, proprietária do Il Barista, de São Paulo.


Essa cafeteira prepara o café por meio da percolação, método em que se coloca o pó de café no centro do equipamento e, quando a água entra em ebulição, pressiona o café líquido para outro compartimento. Uma forma de fazer café muito comum na Europa. Gelma recomenda a aquisição de uma cafeteira italiana legítima, pois as “genéricas” e “bem baratinhas” começam a soltar resíduos com pouco tempo de uso e interferem no sabor da bebida.


Outra dica da barista Gelma é usar a cafeteira conhecida como prensa francesa, cujo processo de preparo é o de prensagem. Trata-se de um recipiente de vidro onde se coloca o café misturado com água quente. Em seguida, um filtro pressionado por um êmbolo separa o pó do café da bebida – o pó fica embaixo e a bebida pronta sobe. Segundo ela, esse método retém os óleos e sedimentos que seriam capturados filtro das cafeteiras tradicional.


À moda antiga
Já a barista Magda Dias Leite, que comanda a cafeteria Santa Sophia, em Belo Horizonte, inventou um minicoador para coar e servir o café à mesa. Trata-se de um suporte de aço inox com o coador de pano à moda antiga feito sob medida para uma única xícara de café. Apaixonada por café, ela conta que um dos motivos de sua criação é a perda de sabor e aroma que o café sofre ao ser transportado para a garrafa e depois ser servido. “Como o café começa a oxidar rapidamente, imaginei uma forma de a pessoa desfrutar do ritual do café coado, do momento em que o pó é colocado no coador até a hora em que o café passa do coador para a xícara, sem perder os aromas que se desprendem nesse processo. É uma experiência sensorial”, explica. Essa opção é oferecida em sua cafeteria, como também o cliente pode levar o suporte para a casa por R$ 58. O sucesso fez com que Magda “exportasse” sua criação para cafeterias de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, entre outras.


Ana Cláudia sugere ainda uma mistura que adora fazer em sua casa. Com um mixer, ela vaporiza o leite até uma consistência espessa e depois mistura com o café. “Fica como um cappuccino doméstico. Uma delícia”, garante.


 



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